Lukus, Hercus, Eduardo, Nolasco, Júlio, Januário, Paulo. Os timorense estão juntos para um futuro brilhante.
A amizade na Literatura e na Filosofia
(Citações de Epicuro, Cícero, Aristóteles, Santo Agostino e Ralph Emerson)
A amizade em Epicuro, o filósofo da amizade
Epicuro, 341-270 a. C., filósofo grego
O mundo inteiro oferece uma casa comum aos homens que amam a amizade: a Terra.
Inscrição epicurista encontrada num pórtico de uma quinta do século II.
A amizade avança dançando à volta do mundo, proclamando a todos nós a necessidade de louvarmos a vida feliz. De todos os bens que a sabedoria nos faculta como meio de obter a nossa felicidade, o da amizade é de longe o maior. Toda a amizade deve ser procurada como um bem válido em si mesmo, ainda que na sua origem esteja a utilidade. Não é amigo quem busca a utilidade, nem quem se recusa a associar a amizade à ajuda, porque um procura o tráfico da recompensa e o outro destrói o laço de confiança. Não é tanto a ajuda dos nossos amigos que nos conforta, mas o confiante saber de que eles nos ajudarão.
Epicuro, 341-270 a. C., filósofo grego, Sentenças vaticanas.
A amizade em Aristóteles
Aristóteles, 384-322 a.C., filósofo grego.
Dois amigos são uma mesma alma vivendo em dois corpos.
Citado por Diógenes Laércio em Lives of Eminent Philosophers
Na pobreza como no infortúnio, os homens encontram o seu único refúgio nos amigos. A amizade é uma virtude, e é a coisa mais necessária à vida. Se os cidadãos praticassem entre si a amizade, não teriam necessidade da justiça, mas mesmo que, por hipótese, todos os homens fossem justos, todos teriam ainda assim necessidade da amizade. Aqueles que são parecidos, são amigos. Amigo é aquele que deseja e faz o que é bom… em benefício dos seus amigos. A distância entre o homem e Deus é muito grande, o que torna a amizade impossível. Ética a Nicómaco.
A amizade na Literatura: Santo Agostinho
S. Agostinho, 354-430, filósofo e teólogo cristão, Confissões
Nem os bosques amenos, nem os jogos e cantos, nem os lugares suavemente perfumados, nem os banquetes sumptuosos, nem os prazeres da alcova e do leito, nem, tão pouco, os livros e versos podiam disfarçar a amargura do amigo que havia perdido. Tudo me causava horror, até a própria luz. Os meus olhos buscavam por toda a parte o amigo que a morte me levara, e o mundo não mo devolvia. Cheguei a odiar todas as coisas, porque nada o continha, e ninguém mais me podia dizer como antes, ao chegar depois de uma ausência: «Aí vem ele!» A alma não me obedecia, e com razão, porque para mim, era mais real e melhor o amigo querido que perdera do que o fantasma que mandava que tivesse resignação. O que mais me confortava e alegrava eram sobretudo as consolações de outros amigos, com os quais partilhava o amor por aquilo que amava em Teu lugar. Ama-se de tal modo os amigos que a consciência se julga culpada se não é capaz de amar aquele que ama, ou se não procura retribuir o amor com amor, e apenas procura na pessoa do amigo o sinal exterior da sua benevolência.
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