Há vozes que gritam,
há bocas maldosas,
há lábios grossos, carnudos,
que não sabem quem és.
Há mãos escondidas
há rostos tapados,
espreitam p'las janelas,
das casas amarelas.
Há corações pretos amarelos,
que lançam o fogo do ódio.
Querem ocultar o teu feito,
querem ocultar o que sofreste,
acham que tens mãos de lata.
Lutaste....
Vaguaste durante a noite,
contigo,
os vulneráveis e incapazes.
Lutaste.
Pernoité-te no mar,
não se te ouvio lamento ou caixume.
Ao romper da aurora,
vêm à rua saudar-te,
sem saberes quem são,
a todos abraças beijas,
É nosso sangue e nosso povo.
Obra original do PAULO SOARES MARTINS (Estudante do curso de Direito na Universidade do Minho, Braga-Portugal/20 de Maio de 2010)
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