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Há
um ano que não fui á Fátima para a necessidade espiritual, ou seja, em busca de
uma alimentação espiritual que possa servir como base de alimentação ao longo
da minha jornada académica na academia minhota.
Na
semana passada, particularmente, no domingo a noite, penúltimo domingo do mês
de setembro de 2018, sentia uma força de saudades enorme a Fátima –
Santuário. Partindo deste fenómeno,
incentiva-me para ir à Fátima na segunda-feira. Infelizmente não consegui
realizar este desejo. A não realização deste plano foi, por uma lado, porque
acordei tarde e porque pensava que tinha que pernoitar em Fátima para 2 ou 3
dias, por outro lado. Porque se eu pernoitar ali seria um bom momento para
fazer as minhas atividades espiritual e seria mais confortável. Com esta última
ideia, cheguei a uma conclusão de que tenho de lá ficar durante duas noites. Então
decidi partir na sexta-feira depois de almoço e fico na sexta a noite, sábado a
noite e domingo é último dia. E depois de almoço tenho de regressar para Braga.
Assim
sucedeu. Fui na sexta-feira na hora de almoço, ou seja, a meio dia e cheguei em
Fátima as 15:30. Almocei num restaurante
perto do santuário – restaurante Lebre assim que se chama e em seguida
dirigi-me para o Hotel Aleluia para reservar o meu quarto para duas noites.
As
21:30, a hora marcada para participar no terço, fui ao santuário 15 minutos
antes. Desta vez, não é igual como dantes. Quando o meu pé direito toca no chão
do santuário, senti um pouco estranho, não por ter medo de pisar ali, nem por
ter vergonha ou outra situação de género. Eu sentia uma sensação muito estranho
que me parecia entrar num jardim ornada pelas lindas flores, tais como, das
rosas e Sakura – flores de um arvozito japonês. Eu ficava feliz no corpo e no
coração. Eu pensava assim, “ Wao.... o que isso? É um jardim?” Perguntava-me na
minha cabecinha.
Dei
mais passos de entrada, mais e mais, cheguei mesmo a frente da Capelinha das
aparições. Lá, na hora de fechar os meus olhos para rezar, de repente, aquela
sensação veio novamente. Afinal, eu nunca tinha imaginado uma flor ou um cheiro
de uma flor antes de entrar no santuário. O meu pensamento que tinha antes era
apenas rezar em ato de pedir perdão como oração de preparação para entrar ou
começar as minhas jornadas da fé. Todavia, este fenómeno, desta vez é mais
forte e mais claro. Mais forte e claro no cheiro. O cheiro era cheiro das
flores. Principalmente as rosas e também das flores da Sakura.
Continuava
com os olhos fechados, sentia e cheirava com alegria aqueles cheiros de flores
fantásticos e aromáticos. Mas não demorava muito, durava apenas alguns minutos.
Não chega a cinco minutos. Pode ser que entre 3-4 minutos.
Passava
ali algumas pessoas com este cheiro? Ou com algum perfume? Não sei, o que era
certo é que eu estava encostado a parede a frente da capelinha. E se fosse um
perfume que utilizado pela uma ou mais pessoas que movimentavam ali, acho que o
cheiro é normal e não acompanhava de uma sensação alegria como se fosse estar
num jardim e entre as flores. Pois já sentia antes, particularmente, na entrada
como foi atrás descrito.
Ao
longo do terço e da procissão das velas,
este cheiro vem e vai e eu muitas vezes com os olhos fechados, meditava e
sentia como se fosse num jardim. Além disso, apenas sai uma frase descontrola
na minha boca. Digo que uma frase descontrolada porque não foi intencionalmente
- “Obrigado mãe, Nossa Senhora de Fátima”. Não sei obrigado pelo que. Mas eu
dizia esta frase de forma esporadicamente.
Depois
do terço e da procissão das velas, voltei ao Hotel. De manha, fui à missa na
capela da Morte de Jesus que fica localizada no subsolo. A missa começou as
9:00. Após a missa, fui tomar o meu pequeno almoço e voltei ao meu Hotel para
fazer meditação acompanhada com a música de relaxamento. A tarde, depois de
almoço, embora não estava no meu plano, decidi fazer uma caminhada a pé que
teve início a frente do santuário, ou seja, atrás da Basílica de Santíssima
trindade até ao Calvário. Pronto, sem medo e sem hesitação, comecei a andar e
rezar o meu terço. Comecei com o mistério glorioso. No meio caminho terminei
este mistério e comecei o mistério doloroso e terminei este mistério bem no
calvário. Apesar de ficar um pouco cansado, decidi continuar a minha jornada
onde passei pelas casas dos pastorinhos e descia o caminha de entrada para
Aljustrel e seguia a estrada até a rotunda de Fátima e seguia até Hotel
Aleluia.
Na
noite, depois de participar no terço e procissão das velas, fiz a minha
reflexão. E a partir daí que resolvi escrever este texto para contar o que eu
sentia ao longo da minha jornada da fé em Fátima a dizer que a Fátima é um
jardim para os que têm fé, para os que têm saudades da Virgem Mãe Nossa Senhora
de Fátima e para os que necessitam de uma alimentação espiritual para as almas
perdidas.
Por
isso, digo que já fiz a minha caminhada espiritual em busca de uma alimentação
para a alma perdida e sede de amor de Deus. Em Fátima consegui encontrar uma
frescura vinda do jardim de Fátima e um cheiro de amor vindo das cheiras das
flores que estão ao redor da Nossa Senhora de Fátima. Esta frescura e cheiro de
flores são as boas vindas de uma Mãe para o filho e um carrinho de uma mãe ao
seu filho que tinha deixado as suas atividades diárias para a visitar. POSTO ISSO, JÁ FIZ A MINHA. QUANDO É QUE
VAIS FAZER A TUA ????
Fátima -
Portugal, 30 de setembro de 2018.
Opinião
refletida a partir da experiência da fé : Peregrino Paulo Martins (estudante
timorense na Uminho, Braga-Portugal)